Amanhã? um novo dia, sempre melhor...

sábado, março 03, 2007

A mais bela carta de amor...

A ti,…

Quero sentir-te meu amor. Num inexequível e turbulento desejo que assola o meu coração; num repentino assalto que desassossega a minha alma e que em mim instala esta inaudível ânsia por um simples toque teu no meu rosto, no meu corpo. Quero sentir-te… Quero tocar-te. Atrever-me a tal feito tão ousado! Quero amar-te. Desafiar os deuses por te proclamar maior que eles. Quero-te tanto!... E eis-me aqui, defronte da arte que transborda do teu corpo nesse teu sublime e ingénuo acto, nesse teu profundo olhar, na perfeição do teu nariz, na divinal estrutura do teu corpo. Amo-te muito meu amor… Queiram os deuses que os nossos fados se cruzem como eu quero… Ai, como eu te quero tanto… Quero que me ames. Que me sussurres ao ouvido, baixinho e ternamente, o quão me amas e que me queres possuir. Quero que me embales com carinho, com o meu corpo encaixado no teu numa curvatura deslumbrante e que me tomes de assalto devagarinho, adormecendo eu nos teus braços com o encantamento das tuas palavras doces, da tua poesia, do teu charme, do teu cheiro… Quero sim; quero-te a ti e mais ninguém! Quero navegar contigo os mares e os oceanos mais lindos que, ao abrigarem o nosso barco aparelhado com muito amor, se entristeceriam com tamanha beleza e perfeição, assim como as belas ninfas e sereias que sorrateiramente retornariam às profundezas dos lagos e dos mares para louvar a tua beleza, chorando. Serias a mais bela das artes. A mais bela das pinturas. A mais bela das esculturas. A mais bela das poesias. TU! Amo-te muito meu amor. Quero-te muito meu amor. Amo-te muito!

Para sempre teu,

quarta-feira, junho 14, 2006

Um sonho!!! Realidade!!! Talvez...

Um dia de sol, um jardim, enfeitado com bonitas flores primaveris que embelezavam o espaço em nosso redor.

Os pássaros, o vento cantavam.
Era uma harmonia perfeita.
A fonte ali mesmo à nossa frente marcava o ritmo.

Que espaço tão maravilhoso, tão esbelto… mas “tu” que estavas sentado ao meu lado, num banco do jardim, eras o rosto que eu queria tocar, eras a harmonia do meu coração.

O vento empurra-nos do banco e começámos a andar.

Andámos, andámos… sem saber porquê deixo de ouvir o som da água, dos pássaros, das crianças que com a rebeldia de conquistadores do mundo sonhavam e brincavam naquele jardim.
Passei a ouvir-te a ti… ouvia o teu “respirar”, o “saltitar” do teu coração, a doçura da tua voz…como se me tivesse fechado num mundo, em que nada mais existia para além de ti.
Sentia-me tão bem, tão seguro, tão feliz… nada mais existia, eras só tu… não tem muita lógica, afinal de contas um mundo assim tão “vazio”, um mundo escuro em que apenas só existiam duas pessoas, como poderia eu sentir-me tão bem? Apercebi-me então que consigo encontrar em ti tudo aquilo que me faz sentir assim, tão feliz…

Olho para ti, tu sorris, quando sorris o teu sorriso transforma-se em luz, numa luz tão quente, tão brilhante e intensa quanto a do sol.
O espaço que era escuro, rapidamente se transformava num espaço, luminoso.
O calor, a frescura do vento, tudo isso se resolve com um simples beijo.
Um simples toque servia para mudar de estação, se o espaço era frio, bastava um simples toque teu para se sentir um calor intenso.
Um espelho…Um espelho um olhar teu, no teu olhar conseguia ver-me.

Amizade, amor… Pergunto-te… Existe amizade e amor aqui?... tu sem responderes, pegas na minha mão e coloca-la junto ao teu peito… Que quer isto dizer? Pergunto eu, meio à toa… Não perguntes, sente! Diz-me … Pum.. pum... A minha mão vibrou, o teu coração tinha “pulado”, e a resposta estava dada.

Mas que mundo perfeito… sinto o vento na minha cara…

Voltava à realidade e quando “acordei”, estava perante um muro, um muro que como o meu mundo, era vazio mas que se tornava tão cheio e completo com a tua sombra…
Com a nossa sombra.

Um muro, um espelho, um mundo.

Estas são as sombras do meu sonho.

Um sonho que se tornou realidade.

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segunda-feira, junho 12, 2006

Lágrima

Uma brisa ergue-se do interior da terra e chega a mim, à consciência de mim: o meu rosto, os meus lábios, o meu corpo tocado por essa brisa.
Caminho por entre essa brisa a passar por mim, como se atravessasse uma multidão invisível.
A brisa, ao tocar os meus olhos, transforma-se em lágrimas que descem frias pelo meu rosto.
Os meus lábios.
Sinto-as e sinto a memória das vezes que chorei o desespero parado, mais triste, de lágrimas que descem lentamente pelo rosto.
O tempo passa por mim como qualquer coisa que passa por mim sem que a consiga imaginar e as lágrimas, que eram apenas a brisa a tocar os meus olhos, começam a ser lágrimas de desespero verdadeiro.
Páro no passeio.
O mundo pára.
E lembro-me de ti como uma faca, uma faca profunda, a lâmina infinita de uma faca espetada infinitamente em mim.
Não passou muito tempo desde que a manhã nasceu.
Passou muito tempo desde que me deixaste sózinho entre as sombras que se confundiam com a noite.
Noutras noites, olhámos para a lua.
Nesta noite, não olhámos para a lua.
Noutras noites, olhámos para a lua e enchemo-nos de desejos.
Nesta noite, não olhámos para a lua e sofremos.
Noutras noites, olhámos para a lua e não sabíamos o que era sofrer.
Escuridão e esperança.
Na lua, víamos mais do que o reflexo daquilo que queríamos inventar: os nossos sonhos.
Víamos um futuro que era maior do que os nossos sonhos e que nos envolvia e que nos puxava para dentro de si.
Nós sabíamos que nos esperava algo muito maior do que aquilo com que podíamos sonhar. Estávamos enganados.
Aqui, sobre estas pedras que brilham, sob estas lágrimas no meu rosto, sei que nos enganámos e sei a lâmina infinita de uma faca.

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segunda-feira, abril 03, 2006

Liberta-me

Liberta-me

Não ouviste pois não?
O murmurio das águas tristes
Escorrendo nestes terroríficos olhos
Ninguém ouviu ninguém sabe
O que todos viram, ninguém viu
O que todos sentiram, ninguém sentiu
Pois minha alma prendeu-se a imensa solidão
E ninguém conhece e conheceu verdadeiramente o meu negro coração!
Minhas garras são fracas e desleixadas para lutar
E és só tu quem ouve, mais ninguém
E és só tu quem me sente, e mais ninguém
E és tu quem limpa as lágrimas e me diz se estou errado
És tu que me abre a janela do meu quarto escuro, quando eu me tranco
E penso que jamais terei futuro
Que raiva que tenho deste monstro horrível que por vezes assombra minha alma
E a enfraquece, e a desvanece
Que raiva que eu tenho deste meu ser, tão fraco e cansado
E que apenas deseja viver
Meu maior medo é que vás, e não me digas para onde foste
O que me mata é às vezes pensar
Que os meus erros podem fazer-te desaparecer
Se te fores o Sol não brilha e as noites tornam-se frias
Se te fores eu me entrego às trevas, fico sem vida
Leva-me deste mundo em que um sorriso é apenas uma pura fantasia
Retira-me a dor destes tormentos assombrosos, odiosos, escabrosos…
Tira-me deste buraco onde estou metido e onde não existe alegria
Liberta-me daquele que da minha alma se apodera e a deixa sem vida
Porque meus olhos estão vidrados no sofrimento e não aguentam mais uma lágrima
Porque estas dores de cabeça não são meras dores de cabeça
E se tu não me as curas, elas não passam
Porque só o teu coração me aquece quando o frio é muito
Manda-me embora aquela sombra que me persegue em todos os passos
A sombra maligna que me quer fazer explodir, matar, ferir!....
Quero ficar distante dessa dor que me mata os dias
Quero que me faças sorrir e que sorrias!...
Liberta-me, por fim, desta dor

Ouviste-me, não me ouviste, meu amor?

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segunda-feira, março 20, 2006

Quero...

Quero tanto de ti e tão próximo, que anseio que fosses o ar, o chão, as paredes...

TUDO!

Que tudo o que tocasse fossem teus braços.
Que tudo o que sentisse fossem teus lábios...
Como quando fecho os olhos e tudo o que vejo és tu.
Como quando não durmo e tudo o que sonho és tu.
Contigo, não consigo respirar...sem ti, não consigo viver!
Quero estar tão dentro de ti, que nem a luz do dia exista para mim.
Quero abraçar-te tanto que todo o Mundo colapse e desapareça num pequeno ponto entre os meus braços.
Toca-me com as tuas mãos.
Faz-me desaparecer com a tua pele.
Sufoca-me com a tua língua.
Arrasta-me pelo ar com o teu perfume.

MATA-ME DE VEZ!!!

ODEIO-TE porque existes!
ODEIO-TE porque não estás aqui!!!

AMO-TE TANTO!!!!

De repente tomo consciência da tua ausência e faz-se noite.
Porque não me respondes quando te falo?
Porque não te sinto quando estendo o braço?

PORQUE TENS DE ESTAR TÃO LONGE???

Tu enlouqueces-me, maravilhas-me, atrapalhas-me, cegas-me, confundes-me, tu inspiras-me!!!!

TU...TU...TU...TU...

TU ÉS TUDO PARA MIM!!!!

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Tu és muito importante para mim...

Tu és muito importante para mim!
Tu corres, almoças, trabalhas, cantas, choras e amas.
Tu sorris, mas nunca me chamas.
Tu te entristeces, depois te acalmas, mas nunca me agradeces.
Tu caminhas, sobes e desces escadas e não te preocupas comigo.
Tu tens tudo e não me dás nada.
Tu sentes amor, ódio, sentes tudo, menos a minha presença.
Tu tens os sentidos perfeitos, mas nunca os usas por mim.
Tu estudas e não me entendes, ganhas e não me ajudas, cantas e não me alegras.
Tu reclamas dos maus tratos, mas não valorizas o que eu faço por ti.
Se tu estás triste, culpas-me por isso, mas se estás alegre, não me deixas participar nessa tua felicidade.
Tu fazes o que os outros ordenam, mas nunca fazes o que eu te peço com humildade.
Tu se sobes na vida, pisas nos menos favorecidos, se nao sobes, descarregas em mim toda a tua ira.
Tu não tens tempo para nada, nem ao menos para pensar em mim.
Tu quebras galhos para os amigos, mas não tiras um espinho da minha testa.
Tu reclamas tanto da vida, mas não sabes que a minha é tão triste por tua causa.
Tu entendes todas as transacções do mundo, mas não entendes a minha mensagem.
Tu abaixas os olhos quando um superior te fala, mas não levantas esses mesmos olhos quando te falo do meu amor.
Tu falas das pessoas e não sabes que conheço toda a tua vida, és forte, mas que pena, embora não admitas, sei que tens medo de mim.
Tu defendes teu clube, o teu actor, mas não me defendes no meio dos teus amigos.
Tu não sentes vergonha ao despires-te perante alguém, mas sentes vergonha de tirar a tua máscara diante de mim.
Tu corres com o teu carro, mas nunca corres para os meus braços.
Tu costumas "às vezes" falar do que eu fiz, mas nunca me deste oportunidade de falar do que tu fazes.
Tu és um corpo do mundo, e eu sou um mundo em teu corpo.
Eu sou alguém que todos os dias bate à tua porta e pergunta:
Tens lugar para mim, na tua casa, na tua vida, no teu coração?
Eu estou presente nestas linhas que tu, por curiosidade, começaste a ler...
Eu sou alguém que simplesmente quer ser teu amigo.
Tu...
Simplesmente tu...

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sábado, março 18, 2006

Shhhhh

Fico aqui à espera que a tua sombra surja nesta doce escuridão nocturna.
A tua sombra aparece refletida pela luz da Lua cheia que te acompanha os passos.
Chegas...
Senta-Te aqui perto de mim.
Deixa-me invadir um pouco de Ti, entrar no Teu mais intimo, no mais fundo que existe...
Deixa-me que te questione...
Será que ouves o que eu oiço?
Vês o que eu vejo?
Olhas para onde olho?
Saboreias o que eu saboreio?
Cheiras o que eu cheiro?
Sentes o que eu sinto?
Diz-me...
Diz-me, o que ouves...?
O que vês?
Para onde olhas?
O que saboreias?
O que cheiras?
O que sentes?
Descreve-me tudo...!
Fecha os olhos...
Solta os cadeados que te prendem o coração...
Concentra-Te...
Liberta o teu sonho... a tua alma...
Descreves-me então agora...?
O que ouves?
O que vês?
Para onde olhas?
O que saboreias?
O que cheiras?
O que sentes?
CHHHHHHHHH... espera...
Não respondas já...
Deixa-me responder-te primeiro, enquanto te encontras de olhos fechados, enquanto as tuas asas te fazem viajar em tão precioso e livre pensamento...
Deixa que a minha alma voe junto à tua...
Mergulho então na tua alma...
Sabes o que oiço, o que vejo, para onde olho, o que saboreio, o que cheiro e o que sinto...?
Então, CHHHHHHH...
Com um gesto, eu apurarei todos os Teus sentidos e saberás a minha resposta.
Dá-me a Tua mão...
Coloco-a junto ao meu coração...
CHHHHH... não digas nada....
Eu explico baixinho só para ti...
Oiço o bater mais forte do meu coração, que suplica desesperadamente pelo teu...
Vejo-te como alguém que o faz bater como nunca antes...
Olho para ti com o carinho e o desejo que não consigo controlar...
Saboreio o meu lábio que trinco suavemente, enquanto me contenho para não te beijar...
Cheiro o teu doce perfume...
O que sinto? Hummmmmm...
Sinto o calor que a tua mão transmite... aquele calor que me aquece o coração...
Sinto uma vontade louca de te beijar... de te ter comigo aqui... sempre... para sempre...
Sinto o Amor que me proporcionas... sinto-o a correr nas minhas veias numa velocidade vertiginosa que não tem fim...
Sinto...
Sinto sim...
Sinto que tu, como ninguém... me sabes sentir...!
E Tu?
Consegues-me responder agora o que sentes...?

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Carta Aberta

Sabes... às vezes quero-te dizer que a dor é demasiado real para ser apenas alucinação.
Às vezes, quero abraçar-te e implorar-te que não vás... Que fiques aqui e me embales como a uma criança pequena.
O pânico invade-me. Depois começo a sentir uma espiral, uma espiral que me atira contra a parede e me engole toda a vontade de estar perto das pessoas.
São as lágrimas que se cristalizam na garganta e criam um imenso nó. Elas já não descem pelos olhos. Desaprenderam esse movimento ancestral. Agora só querem viver eternamente nas minhas cordas vocais, onde se depositam e se deixam desfalecer.
Sabes... às vezes quero-te dizer que só a tua presença me acalma esta ânsia da tua voz e dos carinhos, dos afagos que habituaste a minha pele.
Outras apenas quero ficar a ouvir o silêncio gritar enquanto de olhos fechados te transmito anos e anos de fantasias quebradas e gelos que inundam o meu corpo.
Ouço músicas, vejo filmes, tento em vão esquecer o teu rosto e o calor das tuas mãos e só elas, só elas, amor, me conseguem acalmar esta intensa mágoa de todos os beijos que nunca dei.
Não consigo falar com os que conheço, sabias? Eles percorrem a mesma casa que eu, mas são meros espectadores silenciosos das minhas constantes mudanças de humor.
Sempre tive riso fácil. Prostituo a minha boca em gargalhadas que nunca me beijam o coração.
Sempre fui o mais forte. Sempre fui o farol em dia de tempestade. Então eles acham que será sempre assim, que sempre nos maus momentos eu irei confortá-los e que também me confortarei a mim mesmo.
E tu? Confortas-me? Estou tão doente... sinto-o nos ossos. Sinto-me a definhar, a minha mente está tão debilitada... Sabes, amor, o cansaço é uma doença que nos deixa fracos. E eu estou tão cansado... Quando acordo penso que acordo para um novo sonho porque tudo se me é baço aos olhos.
Eu sei que isto vai acabar. Eu sei que esta espera que me gasta os joelhos vai terminar e tudo vai ficar bem.
Eu repito-o para os outros. Como se fosse uma ladainha. Sorrio-lhes. Afago as suas temeridades e sussurro que a vida é um imenso rol de pedras na estrada e que nem por isso a estrada acaba.
E é verdade... quem acaba sou eu.
Eu é que me acabo nestes silêncios, nestas constantes implosões, nestes destroços que escondo por trás do ar desleixado e confiante.
E depois inundo-te de dor e dúvidas, e lágrimas que nunca sei chorar e que só escorrem na voz.
Eu sei que amanhã é um novo dia e que eu sempre fui mestre a fingir forças e ternuras.
Eu sei tudo isso.
Fui eu que inventei as mais belas frases de consolo e depois as repeti a mim mesmo enquanto no ar choviam acusações.
Fui eu que acariciei os meus dedos nas noites em que ninguém vinha ver se os cobertores eram brancos e perfumados.
Fui eu que escrevi os mais poéticos contos para me entreter os gritos que se semeavam nos cadernos, nos diários, nas paredes, nas palavras que nunca deixei sair do peito.
Sim amor. Fui eu. Eu que teci muros em volta do meu eu tão moribundo e me resgatei suavemente.
Porque não o sei fazer agora? Porque agora não estou sozinho. Agora estás aqui. E o meu eu já não responde aos contos, nem aos meus dedos, nem às minhas frases. Apenas às tuas. Só a tua presença acalma esta necessidade de me refugiar.
Nunca falei a mesma língua que as outras crianças. Nunca fui inocente e puro. Mas fui sonhador. Ainda sou. E depois veio a escrita. O meu pecado e a minha redenção.
Eu queria dizer que ela existe porque tu existes. Ou que ela existe porque é boa. Mas não. Ela existe simplesmente porque eu existo.
É consequente da minha voz apagada como a sombra é consequência do Sol.
Sabes... às vezes quero tão só dizer que te amo... E é essa a única certeza que tenho neste lodo que é a minha alma. Onde chafurdo nos meus próprios dejectos e indecisões.
Outras... nas outras estou demasiado entretido a fingir felicidade para me lembrar o que penso ou quero ou planeio.
Vou aguardar o teu regresso. Sei que voltas sempre para os meus braços. E eu vou alimentar-me da tua presença como um malmequer se alimenta dos raios solares.
Até lá grito silenciosamente. Para não os acordar e assustar... Vou continuar a tolerar as tuas presenças tão subtis, tão cómodas, tão cegas.
Vem salvar-me... preciso de ti... A noite é demasiado assustadora. Vem... estou aqui... porque não me ouves? Onde estás? ... Quase te posso sentir, mas não te consigo tocar.
Aqui ao lado eles continuam as suas vidasparalelas à minha.
À minha vida que só o é quando estás comigo.

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